4 dias para o QDay, mais 4 histórias para refletir
Amanhã voltaremos ao editorial clássico, com mais ideias e fatos que poderão servir de ingredientes ao debate nos 4 painéis do QDay. Estamos mesmo a preparar a possibilidade de participação eletrónica nesses debates de forma a darmos voz aos mais "digitais". Daremos notícias oportunamente.
Hoje vamos ficar com quatro histórias que ilustram outras temáticas relacionadas com a Inteligência Estratégica.
Temos provavelmente alguns dos melhores jovens engenheiros de software do mundo. Precisamos de um coro de vozes à sua volta a motivá-los para vencerem com os seus projetos empreendedores a nível global. Por isso vos conto esta história:
Ser ou não ser capaz
Estavam duas crianças a patinar em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam despreocupadamente.
De repente, o gelo quebrou-se e uma das crianças caiu à água.
A outra criança vendo que o seu amigo se afogava debaixo do gelo, agarrou numa pedra e começou a partir o gelo com todas as suas forças, conseguindo assim salvar o seu amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que tinha acontecido, perguntaram ao miúdo:
- Como é que fizeste isso? É impossível que tenhas conseguido partir o gelo com essa pedra, com as tuas mãos tão pequenas!
Nesse instante apareceu um velho ancião que disse:
- Eu sei como é que ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Como?
O velho respondeu:
- Não havia ninguém por perto para lhe dizer que ele não conseguiria fazê-lo!
Sufocados pela azáfama stressante do dia a dia, alguns gestores reclamam não ter tempo para pensar em substituir soluções obsoletas ou dispendiosas por outras mais eficientes e económicas. Por exemplo, para alguns pacotes de software de gestão importados, de elevado custo de manutenção, dependência externa e muito pouco adequado ao uso, há boas soluções alternativas, tanto de software livre como de software proprietário nacional. Por isso vos conto esta história:
Demasiado ocupados para melhorar
Dois homens transportavam pesadas cargas de um lado para o outro, com grande esforço e dificuldade, usando um carro de mão com rodas quadradas. Um terceiro homem aproximou-se deles e sugeriu que mudassem as rodas quadradas por redondas. Um dos carregadores respondeu:
- Não, obrigado!
E o outro reforçou:
- Estamos demasiado ocupados, agora não podemos atender vendedores!
As parcerias podem ter resultados muito superiores à competição. Por isso vos conto esta história:
Ubuntu!
Um antropólogo que estudava os usos e costumes da tribo africana Ubuntu quando terminou o seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta a casa. Sobrava muito tempo. Como ele não queria catequizar os membros da tribo, propôs uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva.
Tinha comprado uma porção de doces na cidade próxima, colocou tudo num cesto com um laço e colocou debaixo de uma árvore. Chamou então as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam correr o mais rápido que conseguissem até ao cesto, e a que chegasse primeiro ficaria com todos os doces que lá estavam dentro.
As crianças posicionaram-se na linha de partida que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "já!", instantaneamente todas as crianças deram as mãos e saíram a correr em direção à árvore com o cesto. Ao chegarem lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.
O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque é que tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo o que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.
Elas simplesmente responderam:
- "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"
Ele ficou desconcertado! Meses e meses de trabalho, estudando a tribo, e ainda não tinha compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição.
Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!
Casa onde não há pão… planear boas saídas é melhor que ralhar sem razão. Por isso vos conto esta história:
A família Port
Num país distante a família Port vivia com algumas dificuldades financeiras. Nos últimos 40 anos, ora governada pelo pai ora pela mãe, foi vivendo, um pouco acima das suas possibilidades, com empréstimos de vizinhos que agora reclamavam os seus dividendos. Há dias fui visitá-los. Pensei que estivessem preparando algum plano para saírem da crise mas não. Os filhos emigraram quase todos e os pais acusavam-se mutuamente discutindo a culpa da situação a que chegaram.
Então falei-lhes do QDay e, pelo que parece, vão agora começar a conversar sobre Inteligência Estratégica.
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Com os votos de um bom domingo.
Carlos Costa
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